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A troca de informações de forma instantânea, em tempo real e desterritorializada produz um fluxo de mensagens inédito na história da humanidade. Afirmar que vivemos na “sociedade da informação” significa reconhecer a importância dos dados e da coleta, organização, interpretação e aplicação das informações de forma a produzir valor, gerar oportunidades e ampliar mercados. Os dados possuem importância especial para quem atua com comex, principalmente no mercado de importação brasileiro.
A pandemia de Covid-19 demonstrou como as relações de comércio e exterior são dinâmicas, voláteis e que, apesar de todos os procedimentos, burocracias e técnicas necessárias, a área não está isenta das transformações e oscilações de mercado. Nesse contexto, os dados são aliados ainda mais importantes, capazes de indicar movimentos, tendências e garantir o tempo necessário para que empresas e mercados se ajustem a tais transformações.
Para explicar melhor de que forma os dados são aliados de todos aqueles que de alguma forma fazem parte das relações de comércio exterior e, mais especificamente, como utilizá-los para melhorar as operações relacionadas à importação brasileira, preparamos este artigo.
Como dito, as dinâmicas do comércio exterior encontram-se submetidas a flutuações e oscilações características do mercado. Para garantir o sucesso das operações e maximizar os resultados, os dados são fundamentais. A falta de informação, de dados e interpretações equivocadas custam bastante caro, especialmente para as importações, que costumam englobar grandes quantidades de mercadorias e investimento.
Os dados e estatísticas contribuem na importação tanto no processo “macro” quanto no “micro”. No macro, você consegue
Já a nível micro, esses são os seguintes pontos de vantagem:
Com esses pontos, fica nítida a importância dos dados para o planejamento estratégico e desenvolvimento de todas as etapas necessárias às relações de importação, seja qual for o segmento. Trata-se do meio mais importante para a tomada de decisão de forma assertiva, minimizando riscos e erros que custam caro.
Por isso, além da coleta de dados, é importante o tratamento, armazenamento e interpretação correta das informações.
Esta prática é uma forma de cultura que tem nome: data-driven. Esta cultura de dados ainda não é uma realidade na maioria das empresas que atuam com importação, em seus diferentes níveis. Trata-se de um processo que precisa ser implementado na empresa, a partir do treinamento e aplicação por parte das lideranças. É uma cultura porque só funciona se acontecer de forma colaborativa, onde os processos são realizados pensando com e para os dados. Essa virada cultural fará com que a empresa se destaque, antecipe problemas e fique à frente da concorrência.
Uma das grandes dificuldades de quem importa é encontrar fornecedores confiáveis, de qualidade e por um preço competitivo. Nisso os dados podem ajudar (e muito). Mas antes, é preciso definir alguns filtros básicos como: o orçamento, quais produtos e materiais são procurados, para quando será preciso e o tamanho do estoque. Quanto mais detalhes, maior a chance de acertar e minimizar erros. Dentre os locais mais comuns utilizados na busca de fornecedores estão:
Utilizando banco de dados, é possível facilitar próximas pesquisas, considerandovariáveis (caso mude quantidade, preço, estoque, tempo). Dessa forma, terá muito mais segurança e objetividade na hora de realizar a pesquisa. Um exemplo é a ferramenta Logcomex Search, em que você pode compreender dados a partir das NCM e encontrar possíveis fornecedores.
Como usar dados para calcular o market-share na importação?
Market-share é o mesmo que “fatia de mercado”. Trata-se de quanto uma empresa ou fornecedor é responsável estatisticamente pelas receitas de um mercado com relação aos seus concorrentes. Esta estatística é descoberta a partir da comparação das
vendas de uma empresa e as vendas total do setor, criando uma porcentagem. O índice pode ser obtido em diversas escalas, desde algo mais regional, em uma cidade ou estado, ou até mesmo a nível internacional entre as grandes corporações.
O acompanhamento contínuo do market-share permite a compreensão da evolução do sucesso de uma empresa em diferentes níveis e regiões, oferecendo a base para criação de ações que busquem otimizar a atuação em determinados territórios. Nesse
sentido, o market-share pode ser avaliado a partir de diferentes perspectivas:
O cálculo do market-share na importação é feito da seguinte forma: Market Share na importação (MSI) = T (total de unidades ou valores monetários importados pela empresa de um determinado produto) / V (valor total de importação de um determinado produto no Brasil) x 100. Esse cálculo mostra que sem a obtenção de dados prévios, fica impossível de calcular o market-share e posicionar corretamente a empresa frente ao segmento onde ela atua. É a partir desse dado que se desenvolvem estratégias para aumentar o market-share e a relevância do negócio.
Os regimes aduaneiros especiais são formas excelentes de economizar na hora de importar. Eles são exceções às regras de importação que permitem a menor incidência de tributação, como é o caso de feiras, exposições e transporte de insumos
que se tornam produtos de exportação. Ao todo são 17 tipos de regimes aduaneiros. especiais, cada um com um objetivo distinto, sendo os mais comuns:
É nesse último em que os dados entram, já que vários produtos entram enquanto sem produção nacional equivalente. E aqui é importante ficar atento, já que aqui estamos falando de alíquota zero. Com um banco de dados já pronto a busca por esses produtos e NCM fica muito mais fácil.
É importante encontrar uma ferramenta aliada no uso de dados para facilitar os processos que abordamos no texto. São elas que vão melhorar as operações de importação, facilitar o acesso aos dados e canais de busca sofisticadas para analisar o mercado, os produtos, o fornecedor, aumentar o market-share e economizar nas tarifas. A tomada de decisão bem embasada e com ampla rede de informação é o futuro do comex e é para onde a sociedade da informação está indo.
*Esse texto foi escrito pela Logcomex. A startup se se propõe a organizar as informações do comércio global para transformar a maneira que as empresas fazem negócios. Oferecendo produtos de automação e Big Data para todos os elos do comércio exterior, a Logcomex atua em duas frentes: inteligência comercial (informações do mercado, trazendo dados da importação brasileira, por exemplo) e automação de tarefas (com organização e centralização de informações do cliente).