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A cadeia logística é um processo complexo que envolve uma série de etapas, e que devem correr perfeitamente para garantir que as mercadorias cheguem ao seu destino com rapidez e segurança. Uma dessas etapas é o armazenamento, que desempenha um papel essencial no processo de distribuição.
Uma vez que a maioria dos portos tem armazenagem limitada disponível, eles exigem que os clientes retirem sua carga das instalações de armazenagem do porto o mais rápido possível.
Por isso, existe uma cobrança de taxa de armazenagem portuária que ajuda a evitar o congestionamento do porto. Isso acelera e obriga que o importador providencie a documentação necessária para que o contêiner seja encaminhado rapidamente, liberando espaço do porto.
A armazenagem não se trata apenas de mover as mercadorias dentro do porto até que seja liberada para o seu destino final, saiba alguns dos aspectos envolvidos neste serviço:
O armazenamento desempenha um papel vital na cadeia de suprimentos, uma vez que garante bons prazos de entrega e reduz as perdas no armazém, tornando possível oferecer melhores serviços, ocupar uma posição à frente da concorrência e, em última instância, aumentar os lucros.
Ter um bom sistema de armazenagem é, portanto, vital para a expansão de um negócio. Daí a importância de conhecer os diferentes tipos de armazenamento logístico para poder escolher o mais adequado às necessidades específicas de cada empresa e do seu público-alvo.
Veja os tipos de locais de armazenamento de mercadorias disponíveis em terminais de cargas:
Este tipo de armazenamento oferece maior proteção, pois permite o controle de variáveis climáticas como iluminação, temperatura ou umidade para manter a integridade da mercadoria.
Neste, por outro lado, é o armazenamento externo onde é impossível controlar os fatores ambientais, tornando-o ideal para cargas que não serão afetadas pelas condições climáticas. O que geralmente é oferecido, entretanto, é a vigilância das mercadorias em áreas monitoradas e equipadas com cercas elétricas, grades e câmeras de segurança.
Quando o seu negócio requer uma logística de entrega de forma mais estratégica, vale a pena cogitar os seguintes tipos de armazenagem:
Este tipo de armazenagem prioriza centralizar o estoque próximo aos principais locais de despacho, visando manter o menor custo possível com o transporte das mercadorias. Normalmente, mantém parte do estoque em um armazém central e distribui o restante para diferentes armazéns regionais, caso estes existam.
Este tipo de armazenagem tem uma localização estratégica que garante a distribuição do produto no menor tempo possível. Estes são armazéns organizados para receber grandes quantidades de mercadorias provenientes das fábricas.
Estes são armazéns localizados no meio do caminho entre o armazém regional e o ponto de venda. Aqui a ideia é que o tempo de transporte não seja superior a 24 horas. Estes são armazéns de movimentação rápida, preparados para armazenar a mercadoria por um curto período de tempo e com uma alta rotatividade.
Estes são espaços condicionados por um tempo limitado, para atender as necessidades de estoque em caso de demanda específica.
Este é o nome dado ao espaço de armazenamento para mercadorias provenientes de importação ou exportação. Eles oferecem uma série de benefícios fiscais, uma vez que a carga não está sujeita a direitos de importação ou receita interna. As mercadorias armazenadas neste tipo de local, são isentas de impostos tanto na entrada quanto na saída do depósito.
A armazenagem de cargas requer profissionais de logística portuária com alto grau de especialização e competência, para que sejam capazes de realizar a movimentação das mercadorias com o devido cuidado aos procedimentos específicos, que incluem:
Este último ponto é extremamente relevante no armazenamento e movimentação de cargas nos portos. Para isso, há três fatores a serem considerados: confiabilidade, rastreabilidade e previsibilidade.
Neste sentido, embora a tecnologia disponível nos terminais de cargas sejam avançadas, alguns diferenciais são decisivos para tornar um terminal atraente para o cliente, como agilidade na atualização dos dados rastreáveis relativos às cargas, comprometimento da equipe com a solução imediata de possíveis falhas, assim como transparência nas informações táticas operacionais.
O cliente não tem acesso à parte de monitoramento da zona alfandegária. Entretanto, existem plataformas online que oferecem todo o processo de contratação dos serviços do terminal – sem qualquer interação com as pessoas, além de ser possível acompanhar o rastreamento das cargas. Esta inovação traz excelentes resultados em termos de transparência.
É importante enfatizar o cuidado com os detalhes em certos perfis de carga, por razões regulatórias ou características físicas, que precisam de atenção adicional. Os requisitos de controle de temperatura ou uma carga excepcionalmente grande são exemplos disso.
As taxas de armazenagem referem-se ao pagamento cobrado pelo porto para armazenar os contêineres no terminal, além dos dias livres previstos. A taxação refere-se aos contêineres cheios não liberados para importação ou a serem embarcados, que ainda encontram-se dentro do porto.
Tanto para importação quanto para exportação, o período de cobrança das taxas de armazenagem começa quando o contêiner entra no terminal ou depósito para armazenagem e termina quando é retirado do local.
Estes encargos, embora aparentemente desnecessários, desempenham um papel fundamental para manter o porto livre de congestionamentos. Ela mantém um certo nível de fluidez nos depósitos dos portos, porque os clientes são incentivados a mover seus contêineres o mais rápido possível e evitar atrasos.
A melhor maneira de saber qual o valor das taxas cobradas para armazenamento da sua carga é consultar a página do porto onde sua mercadoria ficará alojada, pois há variações entre a forma como são calculadas, conforme sua classificação e tipo de armazenamento – veja detalhes a seguir.
As cargas que são transportadas em grandes quantidades, e consequentemente movidas e armazenadas em zonas portuárias são classificadas e divididas em duas categorias: 1) sólida; 2) líquida. A seguir mais detalhes de cada uma delas.
Corresponde a qualquer material solto, não embalado e sólido que seja uniforme na composição e carregado diretamente no espaço de carga de um navio. Exemplos: açúcar, cacau, café, minério de ferro, fertilizante, cimento, carvão, soja e trigo.
Todas as mercadorias que se enquadram nesta categoria são homogêneas e são transportadas sem serem embaladas separadamente e/ou em quantidades menores. Na maioria das vezes, elas são estivadas em navios utilizando silos, guindastes, esteiras transportadoras ou tremonhas. Estes tipos de mercadorias geralmente precisam ser mantidas secas durante todo o período de transporte.
A maioria dos produtos agrícolas utilizados na indústria mundial de alimentos se enquadra nesta categoria. As cargas sólidas a granel são transportadas em navios graneleiros, que asseguram que todos os padrões de transporte recomendados sejam atendidos.
A carga líquida é transportada sem embalagem em qualquer quantidade e geralmente transportada por navios petroleiros, construídos especialmente para facilitar o processo de carga e descarga.
Este tipo de carga varia de mercadorias consumíveis, como óleo de cozinha e sucos até produtos não consumíveis como gasolina e óleo cru. Por isso, são classificadas em líquidos comestíveis, não comestíveis, perigosos e não-perigosos.
Líquidos perigosos, incluindo petróleo, GLP (gás liquefeito de petróleo), GNL (gás natural liquefeito) e produtos químicos. Existem ainda diferentes tipos de cargas perigosas, ou seja, com maior ou menor risco de incêndio, determinado pelo ponto de ebulição, ponto de fulgor e temperatura de auto-ignição dos líquidos.
Além dos riscos de poluição marinha, que englobam os líquidos que podem causar danos ao meio ambiente marinho – determinado pela bioacumulação, risco à saúde humana e redução de amenidades, e os que apresentam risco de poluição do ar, baseado no limite de exposição de emergência dos líquidos.
Líquidos não perigosos, incluindo óleos vegetais, óleos de cozinha, leite, sucos e outros líquidos que não possuem um risco potencial para o organismo e o meio ambiente.
Líquidos comestíveis ou produtos alimentícios são aqueles consumíveis com segurança por seres humanos. A maioria deles são não perigosos, tais como vinho, óleo comestível, sucos, etc.
Líquidos não comestíveis, ao contrário dos líquidos comestíveis. Alguns deles são não-perigosos (glicerina, corantes aquosos, etc.) e outros são perigosos (GLP, GNL, etc).
E aí, conseguiu entender como funciona a armazenagem de cargas de importação? Caso você tenha alguma dúvida no seu processo de importação, fale com a ST Importações, nossa equipe é altamente especializada em operações de comércio exterior.
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