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Terminal de carga: funcionamento no Brasil e no mundo

Terminal de carga: funcionamento no Brasil e no mundo

Terminal de carga é uma instalação de transporte, onde mercadorias ou cargas em contêineres são transferidas para outros transportadores ou armazenadas, para posteriormente serem enviadas para outros locais.

O transporte marítimo representa 90% do comércio internacional. No Brasil, mais de 80% de todas as operações de importação e exportação são feitas por via marítima. Vamos saber mais neste artigo, quais são os principais terminais de carga do país, os tipos de terminais e as principais rotas marítimas.

Terminais de cargas existentes no Brasil

Existem 175 instalações portuárias no Brasil, que consistem em 32 portos públicos e 143 portos privados, incluindo portos marítimos e fluviais. O principal porto do país, com base no volume de carga transportada, é o Porto de Santos, localizado no estado de São Paulo.

Este é de longe o maior porto público, responsável por cerca de 30% de toda a atividade portuária nacional. Estima-se que anualmente mais de US$6 bilhões de mercadorias e mais de 129 milhões de toneladas de carga passam pelo Porto de Santos no comércio de exportação, importação e cabotagem. Além de ser o principal em recebimento de importações e exportações, atua também como um núcleo para os demais portos brasileiros. Por esta razão, movimenta mercadorias relacionadas a todos os setores da economia, e possui instalações para carga geral, contêineres, líquidos e petróleo. Devido à estrutura da economia do país, a maior parte das mercadorias exportadas está relacionada ao agronegócio e ao petróleo.

O modo fluvial está se expandindo cada vez mais. A demanda por portos brasileiros está projetada para saltar para 92% até 2042, totalizando 1,8 bilhões de toneladas. Além disso, o uso da cabotagem no país, até 2025, será de quase 30%. Os dados são do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT).

Os tipos de terminais de cargas

Os portos são complexos, incluindo pelo menos um terminal em cada um deles. As instalações maiores contam com uma variedade de terminais para manusear diferentes tipos de cargas. A composição desses terminais determina o papel e a função do porto, onde alguns portos são multifuncionais, enquanto outros podem ser especializados. Os terminais se dividem em três grandes categorias:

  • Carga geral: cargas unificadas que podem ser transportadas em lotes e manuseadas por três tipos de terminais especializados; terminais de carga fracionada, neo-granel e terminais de contêineres. Estes últimos se tornaram mais predominantes e têm sido sujeitos a pressões para economias de escala.
  • Carga a granel: carga solta transportada em navios com alta capacidade de armazenamento (por exemplo, soja). Granéis líquidos e secos dependem de diferentes técnicas de transbordo e são, consequentemente, duas categorias distintas de terminais de granéis. Além disso, a maioria dos terminais de granéis são especializados numa mercadoria única, como carvão, grãos, minério de ferro, gás natural ou petróleo.
  • Passageiros: apesar de contarmos com muitos rios e mares ao redor do país, este tipo de transporte não é muito explorado, com a notável exceção de áreas com alta intensidade de serviços de ferry (por exemplo, o Terminal Hidroviário de Passageiros de Santarém, PA). Recentemente, o crescimento da indústria de cruzeiros tem levado ao surgimento de terminais especializados em cruzeiros, como no caso do Terminal Marítimo de Passageiros – Giusfredo Santini.

Operadores de terminais globais

Como muitas corporações multinacionais, os operadores de terminais globais são investidores que buscam expandir suas oportunidades de negócios, entrando em novos mercados. Um terminal pode crescer organicamente, mas este é um processo bastante lento. Uma taxa de crescimento muito mais rápida pode ser alcançada através da aquisição de instalações de terminais já existentes em países pouco explorados. 

A partir dos anos 90, algumas poucas empresas conseguiram se tornar grandes operadores de terminais globais controlando uma carteira multinacional de ativos de terminais. A maioria deles é originária da Ásia, com quatro grandes empresas dominando, três vindas de um fundo de estivadores e outro de uma linha de navegação:

  • A empresa Hutchison Ports (HPH), com sede em Hong Kong, faz parte de um grande conglomerado Hutchison Whampoa.
  • PSA International (PSA), o operador do porto de Cingapura de propriedade do governo. Note que a Autoridade do Porto de Cingapura (PSA) foi formada em 1964. Em 1997, a PSA corporatizou e foi renomeada como PSA Corporation Limited. A empresa manteve o nome PSA, mas não é mais um acrônimo. Em 2003, a PSA International Private Limited tornou-se a principal empresa holding do Grupo PSA.
  • DP World (DPW), que é principalmente parte de um fundo de riqueza soberana criado pelo governo de Dubai para investir a riqueza derivada do comércio de petróleo.
  • APM Terminals (APM), como uma empresa matriz da maior linha de navegação do mundo, que é a Maersk.

Rotas de navegação 

As rotas de navegação são os caminhos percorridos pelos navios através dos mares do mundo. Nada mais são, do que canais de alguns quilômetros de largura, definidos por pontos de passagem obrigatórios (capas, estreitos, canais), restrições físicas (velocidade atual, profundidade, presença de recifes) e contextos geopolíticos.

Atualmente, os Portos do Brasil têm o desempenho de várias empresas de transporte marítimo de contêineres em navios de longa distância (Maersk, Hamburg Sud, MSC, Happag Lloyd, CMA CGM, Cosco Shipping, Evergreen, Marfret, One, Grimaldi, PIL, Hyundai e Yang Ming).

As rotas de navegação mais movimentadas conectam as áreas de produção e consumo. Os principais exportadores e importadores de produtos químicos são a Europa, os Estados Unidos, Japão e China. Três grandes áreas de foco emergem, portanto, em uma escala global: Europa, América do Norte e Ásia Oriental.

Além disso, a produção química em países como o Brasil, África do Sul, Arábia Saudita e Índia está aumentando rapidamente, enquanto o crescimento da produção na América do Norte e Europa está se estabilizando.

As linhas marítimas que ligam o Brasil e o mundo variam conforme as ofertas das empresas em operação no país e os fluxos de produção e consumo, como citados anteriormente. 

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Photo by Maksym Kaharlytskyi on Unsplash